INVESTIMENTOS EM TERRAS AGRÍCOLAS PARA ARRENDAMENTO
O aumento do preço das commodities agrícolas, com patamares recordes de produção, exportação e rentabilidade, tem influenciado diretamente no preço das terras agrícolas do País e, consequentemente, dos arrendamentos.
O aumento médio do valor da terra nos últimos 5 anos foi de 55%, mas muitas regiões com aptidão agrícola apresentaram crescimentos ainda maiores.
Com a alta no preço das commodities, ocorre também a capitalização dos produtores rurais, que buscam expandir suas atividades, seja pela aquisição direta ou pelo arrendamento de novas propriedades.
Esse movimento do mercado de terras tem chamado a atenção de muitos investidores, ligados ou não ao agronegócio.
Há diversos casos de pessoas bem-sucedidas em suas profissões e que nunca tiveram contato o meio rural que estão adquirindo terras agrícolas para garantir uma renda passiva com o arrendamento.
Enquanto o arrendamento para pecuária rende, em média, R$ 35,00 por cabeça (ou por hectare, a depender da qualidade das pastagens e da estrutura de manejo) ao mês, o arrendamento de 1 hectare de soja em áreas consolidadas pode render, em média, R$ 230,00/ha.
Em Mato Grosso, estima-se que o custo de arrendamento para soja na safra de 2021/2022 atinja R$ 238,75 por hectare, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA).
Com o mercado financeiro balançado por crises político-econômicas e pela pandemia de COVID-19, muitos investidores têm buscado um porto seguro nos imóveis rurais para arrendamento.
Esse tipo de aquisição é feito por investidores com visão de longo prazo.
Ao mesmo tempo em que se expõem à valorização constante e histórica das terras ao longo das décadas, expõem-se às volatilidades de curto prazo atreladas aos preços da commodities.
Conclui-se que o arrendamento pode ser uma interessante estratégia de diversificação de investimentos, desde que o investidor fique atento à verdadeira vocação da terra e adote as cautelas necessárias para aquisição de imóveis rurais.